Seminário no BNDES destaca oportunidades de investimento e cooperação no continente africano
03/05/2012
O BNDES recebeu nesta quinta-feira, 3, o seminário “Investindo na África: oportunidades, desafios e instrumentos para cooperação econômica”. O evento faz parte das comemorações pelos 60 anos do Banco, e contou com a presença do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, de representantes do Governo Federal, de instituições africanas e de empresários.
Em seu discurso, Lula considerou que discutir as relações entre o Brasil e a África é especialmente importante “neste momento em que o mundo enfrenta uma crise econômica de grande magnitude, que afeta a todos nós e é respondida pelos países ricos sempre do mesmo modo: com austeridade”. “Pedem austeridade aos países mais pobres, aos trabalhadores, mas aprovam pacotes de apoio ao sistema financeiro. Ou seja: punem as vitimas e premiam os algozes”, afirmou o ex-presidente.
Ele destacou o Programa para o Desenvolvimento da Infraestrutura na África (PIDA, da sigla em inglês), que os 54 países do continente aprovaram em janeiro. “O momento é de ousadia, não de passividade. O tempo é de solidariedade entre as nações, não de opressão dos mais fortes sobre os mais fracos”, disse.
O secretário-geral adjunto da ONU Carlos Lopes concordou que, quando se fala de África, “o peso do desconhecimento é muito grande” e aproveitou para apresentar algumas “boas notícias” sobre o continente. “Em várias zonas da África, já há unidade monetária e integração aduaneira. Isso, que está causando problemas agora na Europa, não acontece na África. Os bancos africanos não quebraram na crise financeira”, disse.
Em seu discurso, Lula considerou que discutir as relações entre o Brasil e a África é especialmente importante “neste momento em que o mundo enfrenta uma crise econômica de grande magnitude, que afeta a todos nós e é respondida pelos países ricos sempre do mesmo modo: com austeridade”. “Pedem austeridade aos países mais pobres, aos trabalhadores, mas aprovam pacotes de apoio ao sistema financeiro. Ou seja: punem as vitimas e premiam os algozes”, afirmou o ex-presidente.
Ele destacou o Programa para o Desenvolvimento da Infraestrutura na África (PIDA, da sigla em inglês), que os 54 países do continente aprovaram em janeiro. “O momento é de ousadia, não de passividade. O tempo é de solidariedade entre as nações, não de opressão dos mais fortes sobre os mais fracos”, disse.
O secretário-geral adjunto da ONU Carlos Lopes concordou que, quando se fala de África, “o peso do desconhecimento é muito grande” e aproveitou para apresentar algumas “boas notícias” sobre o continente. “Em várias zonas da África, já há unidade monetária e integração aduaneira. Isso, que está causando problemas agora na Europa, não acontece na África. Os bancos africanos não quebraram na crise financeira”, disse.
Lopes lembrou que, diferentemente do que pensa a maioria das pessoas, as commodities representam apenas 30% do PIB africano, notando também que o continente quadruplicou suas reservas nos últimos quatro anos. Segundo ele, países como Argélia, Nigéria, Líbia, Angola e Botsuana tem uma relação entre dívida e PIB menor, inclusive, que o Brasil.
Lopes destacou também um contexto macropolítico que considera favorável, como a situação de relativa paz, “diferente de quando tínhamos muitas guerras civis em curso”, e os avanços em relação à estabilidade política na maioria dos países, embora ainda haja alguns conflitos.
O economista-chefe do Banco Africano de Desenvolvimento, Shem Simuyemba, apresentou números do PIDA. As obras de infraestrutura energética do programa têm custo estimado de US$ 40 bilhões, e o programa de transporte, de US$ 25 bilhões. Ele ressaltou, porém, que os 36 projetos previstos no programa ainda não têm funding e representam, portanto, grandes oportunidades dei nvestimento.
Nesse sentido, o decano do corpo diplomático da Embaixada do Zimbábue, Thomas Sukutai Bvuma, destacou a necessidade de maior flexibilidade na aceitação de garantias e da utilização dos próprios projetos como garantia (project finance).
Encerrando o evento, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, destacou a importância da cooperação na área financeira, entre os bancos públicos, privados, multilaterais e o mercado de capitais. Ele adiantou que BNDES e o Banco Africano de Desenvolvimento estão trabalhando na elaboração de um fundo de estruturação de projetos. Makhtar Diop, vice-presidente para a África do Banco Mundial, afirmou que a instituição está disposta a colaborar com a iniciativa.
Encerrando o evento, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, destacou a importância da cooperação na área financeira, entre os bancos públicos, privados, multilaterais e o mercado de capitais. Ele adiantou que BNDES e o Banco Africano de Desenvolvimento estão trabalhando na elaboração de um fundo de estruturação de projetos. Makhtar Diop, vice-presidente para a África do Banco Mundial, afirmou que a instituição está disposta a colaborar com a iniciativa.
Para Coutinho, a integração do Brasil com a África traz oportunidades não apenas para as grandes empresas, mas também para companhias de médio porte. Segundo ele, alguns setores atrativos nesse sentido são açúcar e álcool, telecomunicações, energia, energias renováveis, petroquímica, siderurgia, industria automotiva, bens de capital, varejo, transportes, serviços bancários e fármacos.
Coutinho foi o mediador de um debate que reuniu Diop, Lopes, a presidente da Petrobras, Graça Foster, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, e André Esteves, CEO do BTG Pactual, em torno do tema “O Brasil e a África Hoje”.
www.bndes.gov.br/SiteBNDES/.../20120503_seminario.html
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